Lumiares foi em tempos terra muito importante. Cabeça de Concelho e de Condado, no primeiro terço do século XIV era paróquia da diocese de Lamego. Teve foral antigo e D. Manuel concedeu-lhe foral novo em 9 de Março de 1515 com casa de Câmara, vereadores e justiça própria com juiz. Em 1834 o Concelho foi extinto. Do património de Lumiares destaca-se a capela paroquial, de invocação a Sra. da Graça, e o pelourinho, transformado em cruzeiro. Aqui viveram os filhos de Egas Moniz.
NRJ Leman

quarta-feira, 20 de julho de 2011

ARMAMAR

Entre o Douro e as terras da Beira, próspera Armamar, na encosta de um monte a cerca de quinhentos metros de altitude. Em torno da colina, despontam as suas freguesias rústicas, entre fileiras de socalcos, que descem em direcção ao rio ou pelo meio dos longos pomares de maçã, na outra extremidade do monte.
Os seus pergaminhos contam histórias de árabes e cristãos, de vultos como D. Afonso Henriques, o primeiro Rei português e o seu aio D. Egas Moniz, responsável pela construção da bela Igreja Matriz no século XIII, supostamente com as pedras do velho castelo para sempre extinto. Vila e sede do concelho desde o século XII, só por volta de quinhentos recebe foral novo da mão de D. Manuel II.
Exímios agricultores e pacientes artesãos, os homens e as mulheres do concelho de Armamar continuam estação após estação, a tratar da vinha, a secar a amêndoa, a colher os figos e as laranjas e a transformar as negras azeitonas em azeite do Douro. As extensões de medronheiros ocupam também os seus dias, não fosse esse fruto vermelho de sabor agridoce, também uma fonte de sustento das populações, geralmente aproveitado para o fabrico do álcool. Os serões são passados ao calor da lareira ou à soleira, tecendo a lã, trabalhando cestas de vime, moldando o metal ou construindo pipos e calçado de madeira.
Herdeiros da coragem, do saber e da disciplina dos seus antepassados, as gentes de Armamar, são gente de trabalho, mas também de devoção e festa. Em Agosto, aventuram-se pela Barragem de Lumiares,e depois pode ir até S. Domingos do Fontelo, onde tem um sublime miradouro sobre o Vale, para rezar na capela do santo e saborear a merenda de cabrito assado, o mais famoso da Região, regado com o melhor vinho do Douro e do Porto.

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